sábado, 30 de junho de 2012

Casa da mãe Joana


Todas as putas estão indo morar em Minas Gerais, não tenho nada contra a cidade e que me perdoem os moradores de lá, mas é verdade todas as putas estão indo para Gerais. Por volta de 2010 abri um pequeno cabaré nas proximidades do centro da cidade, putero novo, se for bem divulgado, rapidamente tem cliente. Todas as nossas meninas eram formadas e tinham vontade de fazer a pós-graduação, então o preço não era baixo, mas o cliente sabia que o produto era bom. Quando se abre um cabaré, tem que se ter muito controle com a puta que se coloca nele, pois muitas delas pensam que lar é o local de encontrar o príncipe encantado e só pensam em um homem ideal. Porém no final do mesmo ano em que o cabaré foi aberto, chegou-me uma puta diferente, ela não era mais tão nova, pois já tinha por volta de seus 22 anos, mas aparentava menos. Seus serviços eram muito bem elogiados pelos clientes, pois mesmo ela tendo algumas limitações sexuais, fazia um sexo oral que fazia a freguesia voltar, só para encontra-la.  Sua chegada ao cabaré fez-me esquecer das outras meninas da casa, pois havia encontrado a puta que ira colocar todo o meu trabalho para frente. Então não cansei de investir nela, principalmente quando se tratava de mordomias, todas as que ela me solicitava, eu rapidamente resolvia de realizar. Chegando varias vezes a passar o dia resolvendo coisas, pois acreditava na potencia do trabalho dela. No começo ela fingia não precisar dos meus serviços, mas com o tempo foi ficando cada vez mais esperta na arte de pedir, mas se fazendo de quem não estar a pedir. Seu trabalho era cada vez mais esplendoroso, e o cabaré estava indo muito bem, até que certo dia, quando já estava praticamente fechando um ano de carteira assinada, ela veio ao meu encontro, solicitar que desse a baixa em sua carteira de trabalho. Era apenas charme, bastaram alguns reajustes salariais para ela voltar rapidamente ao seu trabalho, satisfazendo cada vez mais a clientela. Mas para pessoas como essa, nunca ficam felizes com o que tem, sempre pedem mais e acreditam que tudo que se dar ainda é pouco. Com o tempo foi cobranco cada vez mais, aceitando cada vez menos os carões e pedidos feitos, além de estar perdendo pouco a pouco a qualidade do serviço. Quando sua permanência na casa, já estava quase se tornando insuportável, chegou à cidade um cliente novo, que a pouco havia conhecido ela, porém ainda não pessoalmente. Ela também criou um deslumbramento, mas morria negando para todos do cabaré que eles tinham algum tipo de relacionamento, além do profissional, coisa que cada vez mais foi ficando difícil de acreditar. Com pouco tempo de encontros repetidos, ela já tinha o telefone do rapaz, e já estava marcando encontros, fora do horário de trabalho. Foi então que um dia, nem tão inesperado assim, quando fui ao seu quarto, chama-la para ir mais uma vez realizar seus serviços na praça, encontro uma carta, tão curta e individualista como sua dedicação ao cabaré que a acolheu: Estou indo para Gerais.

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