sábado, 23 de maio de 2009

Final da gaveta

Em um final da gaveta é possível encontrar de um tudo, essa foi à descoberta que fiz ou ver o final da minha. Acho que às vezes, temos de voltar as nossas gavetas, com mais freqüências, pois elas nos mostram coisas que não deviam ser esquecidas. Hoje, enquanto revirava a minha, pude me reencontra com antigas historias, com imagens do meu passado remoto, e algumas de passados recentes, lá também estava, em estado de dormência, algumas cartas que escrevi e por motivos simples ou banais não as enviei. Entre papeis, havia poemas e canções feitas para amores correspondidos, porém, tenho de ressaltar que, as melhores foram feitas pensando em amores que não vingaram, e por último encontrei crônicas dos meus dias, dos dias dos outros, dos dias de ninguém.
Abrir aquela gaveta velha, que devia fazer alguns meses que eu não tinha contato, fez-me da uma olhada no meu desarrumado, que ainda estava arrumado. Sempre fiz questão de aguarda, nem que fosse ao final da gaveta, as minhas memórias. Não guardei as melhores, nem apenas as piores, simplesmente guardei tudo, pois só assim em uma mistura de emoções, é que alguém, ou ate eu mesmo, se um dia quisesse me entender, abriria a gaveta e, como em uma colcha de retalhos, iria montando as minhas personalidades e experiências.
È verdade que com o passar do tempo não é fácil identificar, para quem, ou o porquê de alguns poemas, talvez, esses não foram escritos com muito amor ou ódio. Dos poemas mais especiais, ainda consigo sentir os pensamentos mistos, o turbilhão de sentimentos, as perturbações e em alguns casos o gosto do amor que me fez escrever.
Relendo minhas crônicas, noto que, não passam de personas e cenas dos meus dias simples e complexos. Normalmente escrevo minhas crônicas em terceira pessoa, pois assim tento fingir que sou fizinho de mim mesmo, por isso, torno-me observador da minha vida. Acho que sendo eu, vizinho de mim mesmo posso dar palpites em minha própria vida, e como não há pessoa melhor para dar palpites e soluções que os vizinhos, pois eles sempre sabem o que devemos fazer, e como devemos fazer talvez ,olhando de fora, eu entenda o que ainda não entendo.
Ainda a tanto para mexer, porém nunca devemos cavar sem olhar para cima, pois podemos chegar tão fundo que nem conseguiremos voltar. Prefiro receber minhas dosagens de passado em medidas homeopáticas. Hoje fechei um contrato de voltar periodicamente ao final da minha gaveta, também faço desse meu contrato uma dica. Fechei a gaveta, porém não antes de deixar mais um pedaço na minha cocha de retalhos.

4 comentários:

Gustavo Henrique disse...

Obrigado pela menção ^^

Mic disse...

eu sempre choro epois que fecho ela.

Melissa disse...

Adoreeei :D

bjs!

DeCueca disse...

Apartir de hoje mais um leitor. ;]