sábado, 3 de janeiro de 2009

Mais uma história

A felicidade nem sempre é igual. (fim)

Lá estava eu, já eram 8 horas, claro que eu não havia chegado 8 horas. No começo da semana eu já estava com presa para que chegasse esse dia. Olhei no relógio de meia e meia hora, pois eu havia chegado antes das 7 horas da noite.
Sentado, sozinho, olhando para todos os outros que estavam naquela pequena, porém aconchegante, cafeteria que talvez estivesse melhor seu eu não estivesse sozinho, nervoso, começando a achar que ela não ia chegar e, acima de tudo, com a mão muito molhada.
Pedi uma dose dupla de whisky para ver se relaxava um pouco. Não sei se foi a dose de whisky ou se era o ar-condicionado que não estava funcionando muito bem, pois, com o tempo, fui sentindo um calor muito grande, e achei melhor tirar o casaco. Tentei ver se me distraia com mais alguma coisa, pois, já era 08h10min, e ela não havia chegado.
Enquanto eu olhava o cardápio, ouvi a porta se abrindo, quando virei vi uma mulher entrando, porém não pude ver seu rosto, pois ela passou muito rápido por mim e foi para perto do balcão do bar. Ela, mesmo estando longe, lembrava muito a Helena que eu havia conhecido a mais ou menos uma semana. Não sei se era mesmo parecida, ou se foi apenas minha vontade de revela. Pedi mais uma dose de whisky, pois iria ficar observando , se fosse a Helena , ela logo iria ficar impaciente e olharia para os lados. Tomei minha dose de whisky como se toma um chá da tarde, e mesmo assim a mulher não se mexia,nem para pedir uma bebida. Pedi outra dose, e decidi se depois dessa ela não se virasse, eu iria ate o bar falar com ela. Novamente tomei minha dose de whisky lentamente.
Resolvi me levantar. Já estava me sentindo meio tonto. Fui andando lentamente ate a mesa onde estava aquela mulher que eu achei parecida com a Helena.
-Helena. Falei com uma voz muito alta
-Oi. Desculpe o que você falou? Respondeu a mulher.
-A me desculpe. Le confundi com uma mulher que eu estou esperando. Falei meio sem saber se havia falando tudo.
- A sim o senhor deve ser o Isaac? Perguntou-me ela.
-Sim sou, mas não sei de onde conheço a senhora. Respondi com um pouco de medo.
-O senhor não me conhece mesmo não, fui enviada pela Helena, para le dar esse recado.
Peguei o bilhete. Abri o mais rápido. E lá estava o recado.

Querido Isaac, não tive coragem de me reencontrar com você. Não te falei, mas no dia em que nos conhecemos eu havia saído, pois queria esquecer meu marido. Eu havia descoberto que ele esta me traindo há uns dois anos. Quando te conheci me senti novamente feliz, porém quando cheguei a casa, vi meu marido com os olhos cheios de lagrimas e com todas as nossas fotos na frente. Foi ai que descobri que o perdão não era uma coisa fácil, pois quis bater nele na mesma hora. Começamos a Discutir. Brigar. Falar auto. Conversar. Debater, Falar baixo, e por fim nos beijamos. Depois daquele beijo, o perdoei, e hoje estamos em uma segunda lua de mel.

Após ler todo aquele recado, e reler, eu apenas tive a atitude de pagar a conta e voltar para casa.



Obs: para entender a historia leia o texto que estar antes desse. e boa sorte!

2 comentários:

Anônimo disse...

Pessimismo total heim?
caraca...
tanta ansiedade pra pouca coisa...
é um final que surpreende... mas que deixa a sensação de impotência!
nadar, nadar e morrer na praia!
sem mais delongas...
surpreendeu o fim, totalmente inesperado!
mas a sensação do 1° texto... deixou mais marcas do que a conclusão desse.
O conjunto ficou bacana...
quer escrever a 3° parte?

Unknown disse...

Isaac bebe muito whisky. Adorei "debater, falar baixo e por fim nos beijamos"... adorei o jeito como vc abordou a discussão do casal =]
:*