sábado, 27 de dezembro de 2008
Mais uma história
Talvez eu tivesse coragem de sair do meu lugar e ir chama - lá para uma dança, porém eu era super tímido, não tímido no sentido de ser uma pessoa que fica sozinha no seu canto, mas, quando o negócio era paquerar ,eu sempre me perdia na conversa e acabava falando umas besteiras.
Pensei em como começar o papo, mas não vinha nada de interessante na minha cabeça. Só pensava em chegar e falar oi. E ai depois do oi o que eu iria falar? Notei que ela também olhava para mim. Pelo menos essa era impressão que eu tinha. Algumas músicas já haviam passado e eu não conseguia ter coragem. Resolvi beber algo. Pedi uma dose dupla de whisky, tomei sem nem sentir o gosto, só pensava em ter coragem para chegar perto dela.
Às vezes tenho raiva de ter que sempre ir ou encontro. Porque as mulheres não podem vim? E também falar que quer dançar? É mas não era hora de ficar pensando nisso, pois se eu demorasse muito outro cara poderia ir e acabar ficando com ela. Acho que já estávamos paquerando há uns 20 minutos. Talvez agora, pois estava tocando uma música muito romântica.
Chegando perto dela, minha mão começou a suar, meu coração disparava, e a boca ficava cada vez mais seca. Acho que ela era uma das mulheres mais lindas que eu já havia visto na minha vida, não que eu seja feio, mas quando se ver uma mulher que chama muito sua atenção, acaba-se ficando sem ação.
-Oi boa noite. Falei meio que quase sem falar.
-Boa noite. Falou ela com um sorriso muito lindo.
-Tudo bem. Como é seu nome, posso saber? Acho que o final da pergunta saiu tão baixo, que ela não entendeu direito.
-Ha... Você deve ter perguntado meu nome? Chamo-me Helena. Respondeu com o mesmo sorriso que havia me falado antes.
-Prazer Helena. Chamo-me Isaac. Agora já estava me sentindo mais tranqüilo.
Ficamos conversando durante uns 20 minutos. Quanto mais eu falava com ela, mais sentia que havia sido valida a minha iniciativa. Ficamos conversando a noite toda. Quando deram duas horas da manha, ela me falou que tinha de ir embora.
-Voc... Ê pode me dar seu telefone? Gaguejei sem querer.
-Não , mas ainda nos veremos , prometo. Respondeu ela com o mesmo lindo sorriso.
-Mas como vamos nos ver se não sei onde você mora? Falei com uma foz triste.
- Não se preocupe, na próxima semana, às 8 horas da manha nesse canto. Falou isso enquanto me entregava um cartão.
Enquanto eu olhava par ao cartão ela saiu da mesa. Então seria assim, iríamos nos ver na próxima semana.
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
Talvez nos 85 anos
Era formado em psicologia, filosofia, sociologia, direito e medicina. Falava inglês, francês, alemão e um pouco de chinês. Havia estudado muito, pois sua meta de vida era fazer esse livro quando tivesse 85 anos.
Sentou-se, olhou para as folhas, ainda em branco, pensou no 1 capítulo. Pensou, pensou. Já sabia como começar o livro, iria falar sobre como fazer boas amizades. Recordou-se dos amigos e dos que já haviam passado pela a vida, lembrou-se de como era mais fácil acreditar nas pessoas quando era jovem, porém com o tempo foi perdendo isso, viu que já havia tido vários grandes amigos e muitos deles o decepcionaram. É não era fácil falar sobre amizade, muito menos criar uma fórmula mágica para ter bons amigos, então achou melhor mudar de assunto. Resolveu que iria começar escrevendo sobre como ter um grande amor. Foi aí que se lembrou que o maior amor da vida dele havia morrido antes mesmo dele criar coragem de falar sobre o amor que sentia. Achou melhor mudar de assunto. Então ele iria começar o livro falando sobre como ser feliz no trabalho. Notou que ele também não era muito indicado a falar sobre isso, pois não conseguia ficar em uma mesma profissão por mais de 2 anos ,por isso, se formou várias vezes.Talvez falar sobre como ter uma boa alimentação seria uma boa idéia para o começo do livro. Mas viu que como ele poderia falar sobre boa alimentação, se até mesmo os cientistas estavam sempre mudando de opinião sobre quais alimentos fazem bem ou mal para a saúde. Estava em dúvida, pois já não tinha maiores idéias para começar o livro. Depois de tempo pensando, resolveu falar sobre o melhor país para se morar. Com certeza ele iria indicar o Brasil, pois o clima é bom as pessoas são bonitas e amigáveis, porém lembrou-se das favelas e da desigualdade social, foi ai que acho melhor indicar a Inglaterra, pois lá sim era um país de primeiro mundo, e lá você tem uma boa educação e qualidade de vida, porém as pessoas são muito frias e o clima não é muito bom.
Parou e ficou olhando para aquelas folhas, que ainda estavam em branco, e se sentiu muito deprimido, pois ele sempre acreditou que quando se tem 85 nos, já se sabe de tudo e se pode escrever um livro.
Depois de várias horas de reflexão teve uma idéia, criou uma frase, fez uma montagem de imagens no computador e mandou para ser impresso em um jornal. Após fazer isso foi dormir.
Acordou no outro dia olhou o jornal, e lá estava uma síntese de toda uma vida.
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
Só mais um natal
O natal sempre era a mesma coisa. Só mais um dia onde todos saem de casa, compram presentes caríssimos, dão eles para algumas pessoas, pois também esperam ganhar um. Depois comem e bebem muito e no final vão dormir. Será que isso servia de mais alguma coisa a não ser alimentar o espírito consumidor da humanidade?
Porém aquele natal, alguma coisa iria acontecer. Quando o relógio bateu 12horas, ele resolveu sair da festa. A casa estava muito lotada, e com certeza ninguém iria notar que ele havia saído. Andou pela rua, olhava e observava cada pessoa. Viu algumas casas onde todos estavam juntos rezando, em outra as pessoas deviam ser judeus, pois tudo era diferente, mas teve uma coisa que lhe chamou a atenção.
Viu uma menina, resolveu se aproximar para ver o que ela fazia. Andou, porém não deixou que ela o visse. Chegou bem perto, pois queria ouvir a reza da menina. A menina rezava pedindo que naquele natal ela não passasse fome, como em tosos os outros, e que a mãe dela ficasse boa de saúde o mais rápido possível, pois ela só tinha a mãe e o irmão como família.
Ele não pode ouvir toda a reza da menina, pois, começou a chorar e, resolveu se afastar um pouco, não queria atrapalhar. Depois de um tempo pensado sobre os natais que ele já havia passado voltou para perto da menina. Viu que ela já havia terminado de rezar e foi dormir junto de um urso de pelúcia que devia ter o dobro da idade dela de tão velho.
Voltou para casa. Chegando a casa, entro na cozinha e foi recolhendo os alimentos que sabia que não seria comido. Pegou alguns presentes da árvore de natal e novamente saiu de casa. Chegando perto de onde ele havia visto a menina, pode notar que agora havia uma ambulância e a menina estava chorando enquanto só paramédico estavam perto da mulher que devia ser a mãe da menina. Saiu de perto, pois parecia que o coração havia diminuído tanto que sumiu.
Estava andando tão perturbado, que nem notou que os presentes que ela trazia estavam caindo. Ouviu alguém chamando por ele, foi ai que virou.
- Boa noite moço. Disse a menina.
- Boa noite, respondeu.
- Posso ficar com essas coisas que o senhor deixou cair? Pergunto a menina.
- Sim, mas você poderia me responder só uma coisa? Pergunto o homem.
- Claro moço,diga. Respondeu ela.
-Aquela senhora ,que os paramédicos estavam ajudando,era sua mãe? Perguntou ele.
- Era sim moço, mas ela só tava meio mau ai ela tomou uns remédios, e recebeu uma receita para comprar outros. Respondeu a menina.
- Ah que bom, pois tome o dinheiro para os remédios. Falou ele.
- Obrigado moço. Posso pegar essa comida que o senhor tem na sacola?Perguntou a menina.
- Sim é tudo seu. Falou ele.
- O moço esse vai ser o meu melhor natal! Falava a menina enquanto ia saindo.
Ela saiu de perto do homem pulando de tanta alegria, porém mal sabia ela que por ter conhecido a menina ele havia dado algum significado para o natal.
sábado, 13 de dezembro de 2008
Compriender Dom Casmurro

Pedi novamente que ela saísse, porém dessa vez tirei logo 100 reais da carteira e a entreguei. Ela não entende muito bem, porém pegou o dinheiro e saiu. Aqueles olhos de ressaca... Oblíquos e dissimulados só eu e Don Casmurro para saber o poder de um olhar assim.
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Parte de uma vida

Talvez esse meu nome tenha sido uma praga que meus pais me deram ao nascer, ou talvez, eu que o use como resposta para os meus problemas amorosos. Sempre amei demais. Sempre procurei um amor para a vida toda. Logo no primeiro namoro fui traído pelo melhor amigo. Não tinha muita sorte com os meus amores, por alguns dias ate pensei que podia ser melhor vira gay, mas, foi ai que me apaixonei por uma menina da minha sala da faculdade. Como em todos os meus relacionamentos eu sempre me apaixono mais rápido, fui a procura de um analista. Passei dois messes, porem acabei me apaixonei pela minha psicóloga, ainda tentamos um relacionamento, mas, é muito complicado namorar com psicólogos, pois sempre me sentia analisado. Uma vez, me fiz de ex-dependente de drogas só para me aproximar de uma mulher que eu havia conhecido dentro de um mercantil. Acho que estou sempre a procura de um amor, pois tenho dentro de mim essa necessidade de amar. Já havia tentado de tudo, cartomante, mãe de santo, mudar de estilo, freqüentar vários tipos de festas, porem nada deu certo. Então tive uma idéia. Escrever um anuncio no jornal.
Procuro uma pessoa que queria construir algo fixo. Não sou muito perfeito, tenho meu defeitos, alguns ate grandes, porem, como não quero assustar não vou falar agora. Estou procurando alguém que tenha a minha mesma faixa de idade. Sou alto, branco, cabelo castanho, faço faculdade de Historia e pretendo ser professos universitário, se alguém tiver interesse me escreva ou responda essa mensagem. Como não tenho muito dinheiro para gastar nesse jornal tive que escrever pouco.
Agradeço á atenção do leitor,
Pierrot
Simplesmente amor
terça-feira, 11 de novembro de 2008
O beijo da rosa
Não sabia como tinha tido coragem para realizar o último pedido. Sentia que o veneno havia corroído mais o próprio corpo. Fora difícil aceitar a última vontade, porem, não estava no momento de julgar, talvez perde-la aos poucos seria pior.
Ali deitado. Ao lado do corpo de seu grande amor. Tentava guarda ao máximo na memória o cheiro, o gosto do beijo e o calor daquela pele. Sabia que podia ser preso pelo ato que havia acabado de cometer, mas, como havia prometido na hora do casamento: na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, ate que a morte os separe porem, essa parte de que “ate a morte os separe” ele havia prometido com os dedos cruzados.
Como uma pessoa com uma alma tão boa podia receber o castigo de ter a pior doença do mundo. Não queria ter lembranças do período da doença, pois os gritos noturnos e as insistentes e repetitivas injeções de morfina era o que vinha em sua lembrança. O corpo estava perdendo o calor, ela estava indo embora. Será que conseguiria esperar, ou acabaria indo pelo o mesmo caminho. Havia prometido que não faria o mesmo, pois ele não tinha nenhum motivo real. Lamentou-se por isso. E foi ali no último beijo que deixou todo o amor. Saiu do carro. Olho por mais alguns minutos, andou com a gasolina misturada com as lagrimas. Acendeu o palito, e como uma criança que dava adeus aos pais no primeiro dia de aula, olhou com a esperança de que depois de alguns momentos estariam juntos novamente, como ela havia prometido. Jogou. Saiu andando, e como havia prometido, iria viver pelos dois.
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
Amor e Paixão

Eu dizia eu te amo, ele falava: obrigado.
Eu me entregava, ele se restringia a si mesmo.
Eu corria a procura, ele corria para a penumbra.
Eu me apaixonei, ele não.
Ele queria, eu não mais.
Ele falava que me amava, eu dizia que ele já era passado.
Ele me mandou flores, eu o mandei cartas rasgadas.
Ele me procurava, eu me escondia.
Ele estava amando, eu já havia perdido minha paixão.
Um poeta só precisa de um amor enquanto ele não o tem.
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
Os sexos dos anjos.
Quero, não sei se por precisão ,ou por apenas birra, porem, quero.
Quero, não sei se quero por querer, ou se só por não poder ,porem, quero
Não quero, não sei se por duvida de tanto querer, deixei de querer.
Não quero, não sei se por ser tão difícil querer , parei de querer.
Não quero, por medo de perder o que eu tanto quero, não quero mais.
Quero. Não quero.Quero.Não quero....
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Nem sempre...
vivemos o que queremos viver.
sentimos o que queremos sentir.
Nem sempre... Nem sempre... Nem sempre...
sábado, 1 de novembro de 2008
Poucas felicidades

Saiu, foi passando lentamente pelas ruas, procurando ver se por apenas alguns minutos esquecia-se de sua vida. Viu um casal se beijando. Lembrou do primeiro beijo. Primeira relação sexual. Não queria pensar em sexo. Não conseguia entender como uma noite de prazer podia estragar a vida de uma pessoa. Tentou pensar em outra coisa. Ainda estava em tempo de desistir, podia voltar não olhar o resultado do exame, e esperar que a doença se manifestasse. Não conseguia controlar as lágrima. Estava chegando perto da clínica. Paro na porta. Olho o nome: Clínica Santo Expedito. Entrou sentou na primeira cadeira, esperando ser chamado. Levantou e foi até o balcão. Seu exame estava pronto. Recebeu. Saiu rapidamente. Não sabia se abria. Chegou a casa deito no sofra. Olho por uns longos 15 minutos a folha que iria decidir se ele estaria vivo nas próximas duas horas. Fechou os olhos. Quando abriu, procurou por um sim ou não. La estava um não. Precisou de dois segundos para entender que estava limpo, não conseguia se conter de alegria. Havia decido se o resultado fosse negativo, iria pegar aquela passagem área que havia comprado, e iria passar dois messes em outro pais. Pegou as malas e saiu, entrou no táxi.
O telefone de sua casa tocava desesperadamente, porem, já era muito tarde para ele atender. Já estava chegando ao aeroporto.Após o sinal deixe seu recado. Senhor desculpe o engana, trocamos o seu exame.E como o resultado do seu exame foi positivo esperamos que venha logo fazer a troca dos papeis , e começar seu tratamento,não se desespere hoje em dia pessoas assim conseguem sobreviver bem por muito tempo, entre em contado o mais rápido possível.
domingo, 26 de outubro de 2008
A traição
Lembrou-se do primeiro dia que a vira. Fora amor a primeira vista. Na esquina, parada, esperando alguém passar para pagar por minutos de prazer. Ele não devia ter confiado em uma prostituta. Ela, com certeza, não fazia apenas pelo dinheiro. Lembrou-se do dia em que a levara para jantar com os pais, e teve de mentir , achara melhor não contar a verdade sobre ela . Continuo subindo. A arma já estava pronto. Ouvia vozes dentro do cômodo, será que aquela puta , não se contentava em traí-lo apenas com um homem? Tinha de ser em um bacanal ou uma festa de orgia? Talvez? Já estava chegando a porta não sabia se devia abrir. Topou. Droga! Todos ouviram, pois pararam de se mexer. Aponto a arma e abriu a porta. "Parabéns pra você" fora o coro que ele ouvira . Rapidamente escondeu a arma nas roupas. Será que alguém havia visto? Não devia ter desconfiado dela dessa forma. Agora ele é que sentia que havia sido o traidor da relação.
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Meias verdades.

-Alo
...
Trinn... Trinn... Trinn...
-Alo
...
Trinn... Trinn... Trinn...
-Alo.
-Alo.
-Oi.
-Oi!
-Quanto tempo?
-Verdade. Eu não sabia se devia ligar. Você sumiu!
-Tentei falar com você antes, mas, você estava sempre com o cel desligado.
-Verdade? Não lembro!
-Verdade.
-Lembrei de você hoje, e te liguei. Alguma novidade?
-Não muitas.
-Quais então!
-Humm... A mais ou menos uma semana conheci outra pessoa.
-Serio?
-Sim, achei que não tínhamos mais nada. Ai apareceu esse novo alguém.
-Humm, sei como é, pois então ta... Acho que vou desligar, Liguei só para atrapalhar então?
- Ta tudo bem.
-Boa noite.
-Boa.
...
Trinn... Trinn... Trinn...-Alo.
-Oi sou eu novamente.
-Fala.
-Posso te perguntar uma coisa? Você se restringe a responder sim ou não?
-Ta certo, fala.
-Você ainda lembrava de mim?
-Achei que você não queria mais nada comigo.
-Pedi apenas sim ou não.
-Não.
-Ta certo... boa ...noite... então.
-Boa noite...
Tum tum tum tum
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
A dificuldade de achar a palavra certa
terça-feira, 14 de outubro de 2008
Pedra mágica

Quando contava sua, humilde, historia para as pessoas, a grande maioria ria ou falava que ele era louco, porem, ele nunca desistira e persistia na procura da pedra. Toda a pedra que ele achava no chão, colocava em contato com o seu cinto, de ferro, e olhava, para ver se havia virado ouro. Já havia passado anos. Nem mesmo ele sabia dizer quantos. Nada de achar a pedra. Um dia deitado sobe a sombra de uma árvore, e já sem esperança de acha a tal pedra, notou que o sol refletia sobre o cinto, porem, não parecia ser seu sinto, pois ele brilhava muito. Notou que o cinto não era mais de ferro, havia se tornado ouro. Após refletir, chego à conclusão, que durante os momentos desesperançosos , havia estado com a pedra mágica, porem, havia jogado, sem notar que estava com os seus sonhos nas mãos.
Quando estamos focados em algum objetivo, mesmo que pareça banal para todos, não devemos nos distrais, pois podemos chegar bem perto e por falta de atenção não notar.
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Lamentações do tempo
Segredos

Minha mãe não teve uma boa reação, saiu de casa pensativa e não notou o carro que estava passando, foi atropelada. Por sorte, quebrou apenas o braço. Meu pai continuava sentado, lendo o jornal,tentando fingir que nada estava acontecendo.
A história rapidamente foi espalhada pela família. Meus tios, primos e alguns amigos não estavam mais falando comigo.
Esperava encontrar, pelo menos durante o banho, algum momento de paz, pois não foi fácil contar.
Havia cansado de mentir para todos. Não foi como esperei, mas, podia ter sido pior, foi difícil, mas era a realidade.
sábado, 11 de outubro de 2008
A biblioteca
Havia uma menina que não gostava de brincar com a Barbie, nem de pega-pega, muito menos de vôlei, o que ela gostava mesmo era de andar pelos corredores das bibliotecas, não por gostar de ler, mas, ela adorava ficar olhando aqueles livros e imaginando quem já havia tocado neles. Muitas vezes ela perdia mais tempo pensando nas pessoas que haviam tocado nos livros do que pensando nas historias.
Um dia enquanto andava pelos corredores, viu um livro deixado lá no final da biblioteca. Olho e acho estranho, pois havia uma mancha vermelha no livro. Passo horas imaginado e criando historias para aquela mancha. A primeira historia fora a de que a mancha seria do batom da amante de um homem rico, mas, homens ricos não perdem tempo lendo livros de criança, no
maximo um de economia. Logo depois, imaginou que ali era sangue, mas, também achou que essa idéia não era muito boa. Passaram-se horas ate que ela avista se um menino. Ele estava vindo para perto dela. Fico nervosa, pela presença do menino, que logo escondeu o livro de baixo da blusa. Foi quando ele parou, e pergunto se ela não havia visto um livro que estava com uma mancha vermelha na capa. Ela falou que sim e mostro o livro. Eles passaram horas conversando. O menino contou que ele havia escrito aquele livro, e que a mancha vermelha, que tanto a incomodou, era um efeito de capa. Foi assim ,que a parti daquele dia, ela começou a ler os livros e não só imaginar as suas historias.
terça-feira, 7 de outubro de 2008
Os meus sentidos para papel
- mãe cadê meu balão
- ta aqui meu filho
-mãe esfria meu balão
-rsrsrsrs como assim?
- vai mãe esfria!
- kkkk não da meu filho
- mulher! Ele ta pedindo para você encher o balão. Ele deve ter feito uma associação com quando você vai da comida e ,por ela estar quente, enquanto você ta assoprando, fala "pera meu filho vou esfriara a comida".
Interessante, quando estamos nesta idade do aprendizado não usamos as palavras com os seus devidos sentidos. Criamos um sentido para cada palavra, usando associações . Porem quem foi que disse que árvore quer dizer árvore, e não caneta? Quem demarca isso? Quem disse que o menino estava errado? Como diz a musica dos los hermanos: "toda rosa é rosa porque assim ela é chamada"
Talvez se ,como uma criança, fizéssemos associações de palavras, em vez de decora las de acordo com o dicionário, algumas palavras ,banais, poderiam ter significados magníficos. Como por exemplo, papel. Imagine que quando recebêssemos uma carta de amor,em um papel , atribuíssemos ao papel toda a carga de sentimento que tínhamos pela carta. A partir daquele dia, papel seria uma palavra muito emocionante de ouvir alguém dizer. Mas talvez essa idéia também não desse certo, pois teríamos quer ter mais cuidado com o que falamos, pois as palavras teriam significados diferentes para cada pessoa. Então tentando balancear essas idéias, deveríamos utilizar dois significados para cada palavra, um seria igual ao dicionário, o outro, seria uma associação com os eventos de nossas vidas. Assim papel não seria apenas papel.
domingo, 5 de outubro de 2008
felicidade = ?

Às vezes reclamamos das fórmulas de física, falamos que são complicadas, que são difíceis e para decorar até criamos frases: S=S0 + VT, vira S0rVeTe.
Mas imagine se para tudo na vida tivesse uma fórmula ou uma forma de medir, será que seria interessante? Transportando-me para um mundo com esse novo padrão, vejo com seria engraçado dizer “quero 500g de amor" ou então “eu não sou feliz por não ter decorado a fórmula da felicidade", os psicólogos seriam matemáticos e os psiquiatras iriam indicar uma cartilha ou tabuada, em vez de receitar remédios.
Se para tudo tivesse uma fórmula, talvez a magia de estar sempre sem saber o que pode acontece se perderia rapidamente.
Nem sempre as fórmulas respondem todas as questões. Nem todas as repostas tem suas fórmulas já feitas. Em alguns casos temos que criar uma fórmula e talvez ela só seja usada com êxito em nossas vidas, pois como o próprio Albert Einstein escreveu, "tudo depende do referencial".
Ensaio sobre a Lucidez

Hoje é um daqueles dias em que todos saem de casa (alguns, porque gostam, outros, porque são obrigados).Não, não vai ser um Carnaval. Não, não vai ser uma festa religiosa. Hoje é o dia em que saímos de casa e notamos que, lá no fundo, quem sabe, ainda mora uma pequena esperança; uma esperança de que alguma coisa mude, uma esperança de que desta vez vai ser diferente. Votar não é tão fácil quanto parece, e não vá pensando: "ah! não vai ser o meu voto que vai decidir mesmo!", pois cada voto cada pessoa é importante. Como não quero cair em mais um clichê, não vou ficar fazendo um discurso moralista, pois dentro de mim também bate um sentimento de esperança por mudanças, junto com o medo de ser novamente enganado.
Livro do dia: Ensaio sobre a Lúcidez
sábado, 4 de outubro de 2008
Sempre como se fosse o primeiro

Ah! como é um turbilhão de sentimentos o primeiro beijo.
Musica do momento: James Blunt - Same Mistake
O carrossel

As vezes vejo que já tive “grandes, melhores e insuperáveis amigos” mas, a grande maioria deles se foram com o tempo e os que permaneceram, eu tento com todas as forças segura-los. Seria cômico se não fosse trágico, esta necessidade que todos nós temos de sermos aceitos e de certa forma, sermos amados por essas pessoas que a pouco, eram meras estranhas. Sociedade a forma mais estranha de viver!
Tenho que aprender mais isso...
Giulia Passagem

Todas as Cartas de Amor são Ridículas
Todas as cartas de amor são Ridículas. Não seriam cartas de amor se não fossem Ridículas. Também escrevi em meu tempo cartas de amor, Como as outras, Ridículas. As cartas de amor, se há amor, Têm de ser Ridículas. Mas, afinal, Só as criaturas que nunca escreveram Cartas de amor É que são Ridículas. Quem me dera no tempo em que escrevia Sem dar por isso Cartas de amor Ridículas. A verdade é que hoje As minhas memórias Dessas cartas de amor É que são Ridículas. (Todas as palavras esdrúxulas, Como os sentimentos esdrúxulos, São naturalmente Ridículas.)
Álvaro de Campos
( Não saber viver os sentimento, isso sim é RIDÍCULO)
musica do dia: Elis Regina e Tom - Só Tinha de Ser Com Você